
Com o objetivo de valorizar o papel das
mulheres na construção histórica e cultural do Rio Grande do Norte, foi
sancionada a Lei nº 12.282, de autoria da deputada estadual Isolda
Dantas (PT), que institui o Memorial da Mulher Potiguar. A nova
legislação, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 19 de julho,
propõe a criação de um espaço físico e virtual voltado à preservação,
divulgação e estudo da trajetória de mulheres potiguares que se
destacaram e se destacam em diferentes áreas da sociedade.
A iniciativa reconhece a importância de resgatar memórias historicamente
apagadas ou invisibilizadas e busca democratizar o acesso à informação
sobre o protagonismo feminino no Rio Grande do Norte. “É papel do Estado
resgatar essas histórias, dar visibilidade e garantir que as futuras
gerações conheçam a contribuição fundamental das mulheres potiguares”,
defende Isolda Dantas.
Entre os exemplos de pioneirismo destacados pela parlamentar, figuras
como Celina Guimarães, primeira eleitora do Brasil; Alzira Soriano, a
primeira prefeita eleita no país; e Nísia Floresta, uma das pioneiras do
feminismo na América Latina. Além delas, personalidades culturais como
Ademilde Fonseca e Dona Militana, além de tantas outras mulheres que
marcaram suas comunidades e o Estado com suas trajetórias.
A lei prevê que o Memorial seja administrado por órgão designado pelo
Poder Executivo, responsável pela implantação do espaço físico e,
também, de uma versão virtual acessível por meio de site oficial. O
conteúdo deverá incluir exposições, eventos e atividades voltadas ao
fortalecimento da memória e da representatividade feminina. A proposta
ainda contempla a possibilidade de criação de um Conselho Permanente
para acompanhar e monitorar a implementação do projeto.
Para a deputada Isolda Dantas, a criação do Memorial da Mulher Potiguar é
uma medida concreta no enfrentamento das desigualdades de gênero.
“Vivemos num país em que a memória oficial ainda silencia as mulheres.
Com esse memorial, damos um passo importante para reconhecer
publicamente suas conquistas, suas lutas e seu lugar na história”,
observa.
A lei já está em vigor e aguarda regulamentação por parte do Executivo Estadual.
Credito foto: João Gilberto